26 de Abril de 2023

Guerreiro Frederico

Meu bebê já tem um ano, mas eu não poderia deixar de vir dar o meu testemunho neste site que tanto me ajudou. Vou contar a história do Frederico.

Estava em casa, com 29 semanas e 2 dias, deitada assistindo relatos de parto no youtube, quando senti minha calcinha um pouco molhada. Levantei, fui ao banheiro, achando que era xixi, mas quando terminei desceu mais um pouquinho. Mandei mensagem para uma amiga obstetra indicando que eu fosse direto para a maternidade, mas que ficasse tranquila que a chance de ser a bolsa rota era pequena.

Cheguei na maternidade, fiz um ultrassom, o volume estava normal, fiz o exame com uma fitinha, que era seguro segundo o médico de plantão e estava normal. Gentilmente, ele me deu o telefone dele para mandar o resultado, assim eu não ficaria na maternidade em plena pandemia esperando o resultado, e no fim não apresentou infecção.

Cheguei em casa muito feliz, abracei muito minha filha que tinha menos de dois anos e acabei perdendo mais um pouco de líquido, falei com a minha amiga de novo e ela disse que era pouco líquido e que o exame da fitinha era confiável. Por volta das cinco horas da manhã, a cama estava bem molhada. Mandei mensagem para o médico, ele disse que acreditava ser xixi devido aos exames, mas que eu voltasse para ele conferir. Voltei a maternidade, fiz o ultrassom e o líquido já tinha diminuído bastante, então o médico fez de novo o exame da fitinha, e o resultado já tinha mudado, realmente era bolsa rota.

Ele conversou comigo, e explicou que o rompimento poderia estar localizado mais em cima, e como o bebê já estava cefálico e relativamente baixo, ajudava a não perder o líquido todo. Eu poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento, e se isso acontecesse o parto deveria ser realizado. No entanto eu ficaria internada, em repouso para evitar entrar em trabalho de parto, tomaria as injeções para amadurecer o pulmão e um antibiótico para prevenir infecção.

Ouvi que se eu conseguisse segurar a gravidez por duas ou três semanas, poderia ficar satisfeita, porque é difícil. Foram dias muito difíceis, mas enfim, eu usava a comadre para fazer xixi e evitar levantar na casa, tomava banho dia sim e outro não, de cadeira de rodas, fazia exame de sangue de dois em dois dias para ver se havia algum sinal de infecção e conseguimos ir até o tempo máximo que os médicos esperavam, pois a partir daí o risco de infecção na barriga era maior do que na UTI.

E cinco semanas depois, com 34 semanas e 1 dia, o Frederico chegou ao mundo, precisou ficar nove dias na UTI para aprender a respirar sozinho, mas deu tudo certo, atingiu os marcos no tempo certo, sem considerar a idade corrigida e hoje nos traz muitas alegrias.

Foram 5 semanas difíceis, vi minha filha apenas uma vez devido a pandemia, mas todos os dias entrava aqui e lia as histórias das semanas que eu estava de gestação, e isso me dava tanta força. Além das enfermeiras que durante esse tempo nos tratou com tanto, sou eternamente grata. Muito obrigada por todos que compartilharam suas histórias!

(Relato da mamãe Lilian enviado em 2021)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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