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14 de Março de 2013
Guerreira Marina e um anjo chamado Sofia
Agradeço à Maria Angélica por nos enviar sua história e desejo saúde e toda felicidade do mundo para a pequena Marina. Beijo grande.
"Minha história começa como tantas outras... Descobri que estava grávida na 6ª semana. Meu sonho ficou ainda mais lindo, pois eram gêmeos. Com 23 semanas descobri que seriam duas meninas, e que seriam idênticas, e logo me aprontei para dar nomes: Sofia e Marina.
No dia 11/06/2012, madrugada de domingo para segunda, comecei a sentir fortes contrações. Internei às 5h da manhã, na 30ª semana de gravidez. Minhas bebês nasceram às 20h30 (Marina) com 1.590 Kg, e 20h31 (Sofia) com 1.430Kg, de parto cesariana. Foram direto para a UTI, como foi explicado previamente para mim.
Somente dia 12 pela manhã pude ir visitá-las. Estavam entubadas, as duas apresentavam um quadro grave, que até hoje não entendi direito o porquê, porém a Sofia estava um pouco melhor, pois não estava precisando de tantas medicações como Marina.
Marina precisou de dopamina, dobutamina, adrenalina, tudo de uma só vez e em níveis altos, segundo a médica me explicou, além de não estar conseguindo urinar tanto e seu nível de glicose estar nas alturas.
A Sofia no segundo dia começou a tomar a dieta, não estava tão inchada e respondia melhor ao tratamento. Porém, no quinto dia de internação, um telefonema logo pela manhã (precisamente às 8h), nos trouxe a pior notícia que os pais podem receber: uma das bebês havia sofrido uma parada cardíaca e não conseguiu ser reanimada. Era minha pequena Sofia, minha linda, minha princesa... tinha ido para os braços de Deus.
O medo de perder Marina aumentou mil vezes depois disso. O que ouvíamos dos médicos era que o estado de saúde dela era grave, porém estável. Aliás, aprendi que o dia em que não estava preparada para ouvir uma notícia ruim, eu não fazia nenhuma pergunta aos médicos.
No 15º dia, Marina foi extubada, mas, no mesmo instante sofreu uma hemorragia no pulmão, perdendo muito sangue. Os médicos me deram poucas esperanças acerca de sua sobrevivência.
Fez várias transfusões de sangue, transfundiu para ajudar na coagulação, que não estava conseguindo ser feita. A hemorragia diminuiu, mas parou mesmo depois de 5 dias.
Bem, entre vários acontecimentos, teve atelectasia (que é o fechamento do pulmão) por quatro vezes ou mais; o PICC infiltrou no bracinho, daí colocaram um catéter, que causou uma infecção grave; entubou e extubou umas 10 vezes.
Minha saída foi apegar muito com Deus e Nossa Senhora Aparecida, e acreditar que ela iria resistir a tudo isso e sair dali uma menina perfeita e sem sequelas.
No 58º dia, minha heroína teve alta da UTI e ficamos 2 dias no quarto.
Hoje ela não tem sequela nenhuma, e é a maior alegria de nossas vidas.
Foram dias de muitas angústias, muitos altos e baixos, que colocaram o meu psicológico em prova. E olha que depois de todo o acontecido, já com ela em casa, é que, vamos dizer, a ficha caiu. Desmoronei mesmo, só chorava. Mas mais uma vez Nossa Senhora, e agora também a guerreira Marina, ajudaram a me reerguer.
Hoje Marina tem 7 meses e o amor a cada dia parece que vai sair de dentro de mim e explodir, de tanto amor."
Maria Angélica, mãe da Marina.