28 de Novembro de 2023
Guerreira Diana
Minha gestação transcorreu de modo muito conturbado desde o início. Sangramentos recorrentes e intensos até o quinto mês de gestação. Após essa questão, em meio a pandemia de COVID 19 e o pânico gerado, com 29 semanas de gestação ocorreu a ruptura da bolsa. Chegando a emergência do hospital, no qual já realizava acompanhamento de pré natal de alto risco (diabetes gestacional e hipertensão), pensaram ser de urgência a realização da cesárea. Mas observaram que Diana estava bem tranquila no útero. Assim, fiquei internada por 14 dias, sangrando e tomando bolsas e bolsas de soro, antibióticos e corticóides. Até que no dia 07 de maio de 2021 o cardiomiócito acusou uma queda brusca dos batimentos de Diana. Havia acabado de almoçar, fui encaminhada para a cesárea com o estômago e útero cheios. A cesárea foi um sucesso, ouvi o chorinho fraquinho de Diana e a correria das enfermeiras levando ela pra UTI NEO. Voltei para o quarto, anestesiada, em todos os sentidos. Sem minha bebê, sem sentir o cheiro ou tocar nela. Voltei só... E assim permaneci por 28 dias. Sendo 15 dias indo e voltando do hospital para visitas de 15 minutos, devido. COVID. Ia retirar o leite, deixava no banco de leite, e voltava pra casa. Coração gelado toda vez que sai do hospital e esquentava quando via Diana. Lutando. E sobrevivendo bem, sem nenhuma intercorrência. Apenas uma icterícia (amarelão) corrigida com o "banho azul". Com 9 vezes operou de hérnia inguinal e depois só saúde! Hoje, com 2 anos e 6 meses minha guerreira segue firme e forte, tagarelando suas primeiras palavras.