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26 de Novembro de 2012
Eduardo, o pequeno príncipe
Fiquei muito feliz com a mensagem da Tassiana, mãe do Eduardo, que também é dirigida a todas as mães prematuras que já participaram do Prematuridade.com. Ela diz o seguinte:
"Primeiramente gostaria de parabenizá-la pela iniciativa em criar um blog sobre Prematuridade. Muito se houve, mas poucas informações que possam auxiliar são divididas por quem passa por esta realidade. Todas as informações, sem exceção, são de uma importância inigualável, muito obrigada a você e a todas as mãezinhas que contribuíram para auxiliar a próxima de alguma forma."
Obrigada, querida Tassiana, pelo carinho e pela história do teu pequeno príncipe! Muita saúde pra vocês!
"Meu nome é Tassiana Turkot e gostaria de dividir com vocês a história do meu príncipe Eduardo.
Na virada do ano de 2010 para 2011, meu marido Alex disse que o único desejo para o novo ano era de que tivéssemos um bebê. Confesso que pensei muito, mas todos os fatores que coloquei na balança eram favoráveis ao aceite do pedido. Enfim, em janeiro de 2010 parei de tomar anticoncepcional, e exatamente no dia 02 de julho de 2011 descobrimos que estávamos "grávidos". Um sentimento indescritível surgiu, um misto de felicidade, medo, angústia, ansiedade...
Iniciei o pré-natal com meu GO que já era meu médico há 7 anos e descobri que já estava de 7 semanas, após fazer uma ecografia e escutar o coraçãozinho daquele pequeno ser que estaria se formando dentro da minha barriga... quanta emoção!!! Sempre quis ser mãe de menino, e com 14 semanas de gestação veio a confirmação: Eduardo chegará dia 23 de fevereiro de 2012!!!
O tempo foi passando e a partir da semana 22 meu médico começou a verificar que minha pressão arterial estava tendo alguns picos, até então sem importância.
A partir da semana 24, a pressão não diminuía e decidimos iniciar a utilização de Metildopa 250mg para auxiliar na quadro. Tudo ia muito bem, eu estava me sentindo ótima e cada dia mais feliz...
Com 26 semanas de gestação passei a tomar 500mg de metildopa e com 30 semanas passei a tomar 1000mg. Minha pressão estava aumentando a cada consulta e não demonstrava indícios de que iria diminuir. Neste momento, meu médico receitou 2 injeções de Celestone Soluspan para auxiliar no amadurecimento dos pulmões do bebê, caso ocorresse parto prematuro. Com 33 semanas, minha pressão não diminuía e fui afastada do meu trabalho, porém mesmo medicada o quadro não melhorava, inchei 15 quilos em 15 dias...
No dia 23 de janeiro fui em uma consulta de rotina e para minha surpresa minha pressão estava 22/11. Mais do que depressa meu médico me encaminhou para o Hospital e disse que a cesárea seria para ás 19:30h, então que eu deveria sair do consultório e ir direto para o Hospital.
Fui, aos prantos mais fui... Como poderia meu bebê nascer com 35 semanas??? Enfim, às 19:58h veio ao mundo o pequeno Eduardo, com 2.690kg e 45 cm... Deu muito trabalho, pois teve Apgar 0, 3 e 8, sendo que no momento em que foi retirado, imediatamente dois médicos entraram no centro cirúrgico e o levaram... não pude ver seu rostinho e nem escutar seu chorinho... Acabaram me sedando, pois fiquei muito agitada e perguntava do bebê o tempo todo, e acordei no dia seguinte por volta das 9h na UTI Adulto para monitoramento. Até aquele horário não sabia notícias do meu bebê e ainda não o conhecia...
Tive alta da UTI às 18h e só fui conhecer meu pequeno às 20:30h, horário de visita da UTI Neo... Quanta tristeza me deu ao ver ele tão pequenino dentro daquela incubadora tão grande, todo entubado, com acesso nos pezinhos e mãozinhas, foi um sofrimento sem tamanho...
Eu estava recém operada e andava pelos corredores do hospital o dia todo, para tentar acalentar meu coração e fazer com que o tempo passasse mais rápido para poder vê-lo nos horários de visita. Antes de entrarmos na UTI Neo, pais e mães se reuniam e trocavam idéias e experiências, um confortando o outro, pois ninguém pensa que seu filho pode precisar deste recurso...
Os dias foram passando e nós não podíamos nem ao menos tocá-lo, somente 5 dias após o nascimento é que fomos informados que ele passaria para o berço aquecido e que poderíamos tocá-lo... só quem passa por essa situação sabe o quanto significa para uma mãe seu filho deixar alguns tubos pra trás e respirar sozinho... quanta emoção! Pudemos pegá-lo no colo pela primeira vez...
Meu médico (ser a quem eu devo minha vida e a do meu filho) precisava me dar alta e eu disse que não iria embora sem meu príncipe nos braços, graças a Deus o quadro dele era estável e já tinha previsão de alta da UTI, então pude ficar internada junto dele até o momento da alta.
No domingo de manhã recebemos a ligação de que poderíamos buscar o pequeno Eduardo para podermos ficar com ele no quarto, quanta alegria!!! Porém, logo em seguida ficou amarelo e teve que fazer banho de luz por 3 dias conosco no quarto.... muito calor em janeiro e nós em um quarto fechado com 2 aquecedores ligados para que o pequeno fizesse o banho de luz e não perdesse calor do corpo...
Enfim, depois de 10 dias de internação, pudemos chegar em casa com o presente de Deus nos braços e a partir daí aproveitarmos cada dia ao lado do nosso príncipe...
Hoje ele está com 7 meses e é um sonho de bebê....