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20 de Janeiro de 2014
A prematuridade extrema dos irmãos Israel e Davi
“O meu nome é Adriana e tive dois bebês prematuros extremos. Há um tempo atrás comentei sobre os meus filhos em uma publicação, mas hoje resolvi escrever sobre a minha história!
Eu estava com 25 semanas de gestação e fui para a casa de minha mãe montar o enxoval do meu primeiro filho junto com a minha mãe e as minhas irmãs. Moro no interior de Minas Gerais e meus pais em Belo Horizonte. Lembro-me como se fosse hoje, quando cheguei na casa da minha mãe e, feliz da vida, pensava em montar o enxoval do bebê! Almocei a comidinha da mamãe e me deitei. Quando me levantei, só senti uma água descendo das minhas pernas e gritei: “minha mãe!!!”. Dali em diante, começou a minha história com o meu filho.
Fui às pressas para o hospital, onde fui atendida por um abençoado homem: Dr. Frederico Peret, que me disse que a bolsa tinha estourado e que tentaríamos segurar o bebê o máximo possível. Estava com 25 semanas de gestação e as chances eram mínimas. Segurei o meu filho por apenas uma semana na barriga e tivemos que fazer o parto, pois já não havia líquido amniótico nenhum para o bebê. Com 26 semanas, nasceu o meu milagre Israel, com apenas 810 gramas e 33 cm. Me lembro que os médicos a todo tempo nos desanimavam dizendo que as chances eram mínimas e que as sequelas seriam enormes. Mas o abençoado do dr. Fred sempre dizia que havia chances. Muito poucas, mas havia.
Lembro que quando fui ver o Israel pela primeira vez na UTI, a médica me perguntou se eu sabia o que era o meu filho. E eu, sem ter muita noção disse que não, e ela me respondeu: “Assim, minha filha, você já pegou um saquinho de sal? Então, o seu filho pesa menos do que isso e as chances são mínimas”. Então, entrei em desespero e comecei a orar a Deus e colocar o meu Israel nas mãos de Deus para que fizesse o melhor para ele.
Israel teve inúmeras intercorrências, operou o coração com 7 dias de vida e pesando 720 gramas, teve infecção hospitalar 3 vezes e diversos problemas respiratórios. Mas, passados 3 meses e meio, Israel veio para casa aparentemente sem nenhuma sequela e depois confirmado com o passar da idade que não há nada nele.
Após 4 anos, resolvi engravidar do meu segundo filho. Eu acreditava que não teria nada, pois a prematuridade de Israel não teve um diagnóstico bem específico. Sabia que poderia acontecer outro parto prematuro, mas, como não foi diagnosticado nada, pensei que seria diferente. Tive uma gravidez mais cautelosa, sem muitos esforços e mais de repouso.
Quando estava com 24 semanas, em uma ultrassom de rotina, descobri que estava com ameaça de parto prematuro. Nessa hora, me desesperei e pensei que não aguentaria passar por isso de novo. Mas lá fui eu para a casa da minha mãe em Belo Horizonte a caminho do querido dr. Fred, para esperar dele qual era o diagnóstico. Fiquei de repouso absoluto por exatamente um mês, entre idas e vindas do hospital, sempre com trabalho de parto sendo adiado.
O meu segundo filho nasceu com 28 semanas e com um diagnóstico bem melhor do que o primeiro. Davi pesou 1,400 kg e 42 cm e saiu da sala de parto respirando! Lembro que o Israel nem pude vê-lo pela gravidade e o Davi foi colocado perto de mim rápido e encaminhado para a UTI. O Davi também adquiriu infecção hospitalar e teve também dificuldade para respirar depois. Foram 2 meses e meio na UTI com ele. Também muito sofridos, mas mais amadurecidos devido a primeira experiência.
Com os nascimentos prematuros de meus dois filhos, descobri que tenho o colo do útero mole ou, como dizem os médicos, insuficiência do colo uterino. Gostaria de deixar registrado aqui que eu não seria nada se não fosse o cuidado e carinho de Deus para minha vida e para com a vida dos meus filhos! Eu tenho sempre divulgado a causa em meu perfil, pois só quem passa por isso sabe o quanto é dolorido e o quanto é importante o papel de cada médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem. Louvado seja Deus por cada um que me ajudou e ajudou os meus milagres a sobreviverem!”
Adriana, mãe do Israel e do Davi
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