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16 de Julho de 2013
A história do sapequinha Freddye
“A decisão de ter meu menino (sempre soube que seria um menino, pois ele já existia no meu coração) foi minha. Parei de tomar o anticoncepcional e esperei ansiosamente nove longos meses, até que, finalmente, a menstruação atrasou. Segundo minhas pesquisas, eu precisava esperar sete dias para fazer o exame de sangue e... POSITIVO!!!
A partir daí, minha vida já girava em torno dele. Minha gravidez foi super tranqüila, sem enjôos, sem asias ou qualquer outro incômodo. Em minha última consulta de pré-natal, minha pressão estava em 12/8 e a médica ainda brincou que isso é o sonho de todo obstetra.
Passada uma semana, comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte (no sábado), que não passava por nada. No domingo à tarde, fui internada após verificarem que minha pressão estava 15/10. A idéia de estar internada já me deixava desesperada, mas estava sendo medicada. A última vez que me lembro de ter tomado o remédio foi por volta das 4 horas da manhã. A partir dali, tudo o que sei são “flashes” de lembrança e o que minha família contou.
Convulsionei às 5 horas da manhã, só me lembro de ter acordado no CTI super assustada e com médicos e enfermeiros pedindo pra que eu ficasse calma. Explicaram a situação e disseram que teriam que tirar meu bebê o mais depressa possível, com 25 semanas de gestação. Fariam o possível para salvar a vida dele, mas estavam priorizando a minha.
Calma?! Era a última coisa que eu poderia sentir diante da tragédia em que me via. Fui transferida para um outro hospital, que tinha todo o suporte necessário para o bebê, que seria tirado de mim a qualquer momento. Eu só conseguia pensar nele. Já na sala de parto, a médica foi bem clara e eu me lembro muito bem das palavras dela: ‘Pamella, estamos priorizando sua vida porque filhos você pode ter outros’. Eles estavam realizando todos os procedimentos médicos corretos e necessários mas, em momento algum, me davam esperança de que ele nasceria vivo.
Superando todas as expectativas, ele nasceu e chorou!!! Surpreendendo a toda a equipe médica! A partir dali a luta pela vida começou, e aqueles detalhes super importantes como book de fotos, enxoval, mala pra maternidade, deram lugar a um único desejo: que ele sobrevivesse.
Foram 44 dias de guerra! Uma batalha por dia e, aos poucos, fazíamos grandes conquistas. Comemorávamos cada ml de leite acrescentado, cada grama/kg adquirido, a emoção de poder pegá-lo no colo pela primeira vez em 23 dias. E finalmente recebemos a tão esperada alta!
Freddye é o meu príncipe. Ele se chamaria Grégory, mas o papai ficou tão emocionado que preferiu dar o nome dele ao bebê (sem me avisar), então agora são dois Freddyes em minha vida! Sou eternamente grata a Deus por me permitir vivenciar esse milagre e fazer com que meu filho tivesse vida e saúde, cuidando de nós em todo o tempo. Hoje, Freddye tem 1 ano e 6 meses, saudável, sem nenhuma seqüela e com uma energia fora no normal (rsrs), dizem que é coisa de prematuro!!!”
Pamella, mãe do Freddye