09 de Outubro de 2013

Helena: muito desejada e sempre amada

“Tenho dois filhos e engravidei, mas sofri um aborto. Três anos após, engravidei de novo e mais um aborto. Fiquei muito mal e com uma vontade imensa de passar pela nova experiência de ser mãe. Falo que despertou o instinto que estava quieto, afinal, meus filhos têm 21 e 12 anos mas, mesmo assim, não perdi as esperanças. Senti que deveria tentar mais uma vez após o último aborto espontâneo. Então passei por uma curetagem dia 07/09 e, um mês depois, estava engravidando de novo, é claro que com autorização médica.

Não menstruei em 07/10 e, em 05/11, fiz exame e, para nossa alegria, deu positivo. Fiquei muito apreensiva e orando para que desse tudo certo mas, quando completei 18 semanas, tive sangramento e os médicos me passaram repouso e dois tipos de medicamento para ajudar a não perder o bebê, já que ele estava vivo. Com 21 semanas, voltei a sangrar, mas meus exames estavam bem, sem explicação do sangramento. Fiquei de repouso quase que absoluto e sempre preocupada e apreensiva, pois queria que desse certo. Não sei se suportaria outra perda.

Estava ocorrendo tudo bem, mas eu sentia que minha bebê nasceria prematura, não sei por que, mas sentia. Tenho dois filhos, um de 40 semanas e outro de 39 semanas, mas essa parece que estava adivinhando! Um dia estava no meu serviço e, de repente, minha bolsa estourou, com 32 semanas e 4 dias. Comecei a chorar, tinha medo de tudo, não queria um bebê prematuro, sempre achei sofrido uma mãe retornar para casa e o bebê ficar internado sem a mãe.

Chegando à maternidade, viram que não entrei em trabalho de parto, o que aconteceu chama-se bolsa rota. Fiquei internada tomando seis litros de água por dia, fazendo vários exames, como de sangue, ultra, urina, análise do líquido amniótico, repouso absoluto, eletro toco do bebê e verificando os batimentos três vezes por dia e à noite também, além de antibiótico na veia para não pegar infecção, pois estava com a bolsa rompida. Eu estava muito preocupada, nunca tinha ouvido falar que quando a bolsa rompe pode ficar tanto tempo assim, sem contar que as pessoas só falam coisas ruins, para te deixar mais preocupada, além de seu próprio medo.

Quando completei 34 semanas (30/05/2013) exatas, entrei no centro cirúrgico e, graças a Deus, ocorreu tudo bem, minha Helena nasceu com 2,230kg e 42,5cm. Ficou na UTI Neonatal para tomar antibióticos pois, como falei, estava com a bolsa rompida. Fez exame de sangue após 72 horas, para ver se tinha contraído infecção, mas o exame deu negativo. Tive alta no dia 01/06 (sábado) e a Helena no dia 03/06 (segunda).

Foi muito triste chegar em casa sem ela, mas o que realmente me dava força era olhar aquelas mães, cujos filhos estavam lá há mais tempo e que precisavam de cuidados mais intensos do que a minha bebê. Hoje estou com ela e cada vez que a olho ou cheiro, eu agradeço a Deus e sempre digo a seguinte frase: ‘nunca desista de seus sonhos, siga seu coração, lute, hoje sonho, amanhã será uma realidade."

Flávia, mãe da Helena

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