20 de Março de 2023

Guerreira Esther

Passei por uma gravidez tranquila, fazia o acompanhamento de pré-natal, já era hipertensa antes da gestação e já no início da gravidez fiz uso de medicamentos para controlar a pressão e para minha surpresa minha pressão nunca esteve tão controlada, algumas vezes tive mal estar por ela estar baixa, seguíamos todas as recomendações em relação ao covid-19, naquele momento as gestantes poderiam trabalhar durante a pandemia a menos que fosse classificada como gravidez de alto risco, que segundo o médico não era meu caso, em dezembro confirmamos que nossa princesa Ester estava a caminho, tudo ia muito bem, teríamos chá de fralda em formato de drive-thru, as fotos para o book de gestante estavam marcadas.

Quando em fevereiro na véspera do Carnaval decidimos passar o domingo na praia, queríamos tirar algumas fotos com a barriga na praia, mas ao chegar lá começou a chover e não pudemos ficar, voltamos para casa. Mas tudo estava bem, não sentia nenhum desconforto, passadas algumas horas fomos dormir, às 02:30 comecei a sentir uma leve dor nas costas, nada muito forte. Ás 03:00 decidi tomar um remédio para aliviar a dor achando que fosse por ter ficado muito tempo sentada no carro, mas as dores não passaram e eu não consegui dormir, em torno das 05:00 as dores estavam mais fortes e diferentes, começava nas costas e vinham para a barriga, achei que fossem as contratações mas ainda era muito cedo pois estava com apenas 25 semanas, às 06:00 não aguentei e fomos para a Ulbra e para minha surpresa quando cheguei ao hospital descobri que estava em trabalho de parto com 8cm de dilatação, seguramos um dia, a bolsa estourou, fizemos algumas medicações e na terça-feira dia 16/02/2021 às 09:06 da manhã minha guerreirinha chegou ao mundo pesando 675g e medindo 30cm.

Um misto de felicidade e medo tomou conta do meu coração naquele momento, daquele dia em diante começou a nossa luta, foram 119 dias de UTI Neonatal, infecções, suporte ventilatório, apneias, anemias, transfusões, laser devido a retinopatia, sondas, inúmeros exames e ecografias. Hoje ela está com 7 meses cronológicos e quase 4 corrigidos, saiu do hospital mamando na mamadeira e respirando sozinha, ela é uma benção de Deus em nossas vidas, nosso pacotinho de amor, nossa guerreirinha, nossa estrelinha Ester, e tudo isso eu agradeço primeiramente a Deus pois só Ele sabe de todas as coisas, e também a toda equipe da UTI Neonatal do hospital Ulbra de Canoas que cuidou tão bem da nossa menina e nos deu todo o apoio que precisamos.

(Relato da mamãe Eduarda, enviado em 2021)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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