19 de Dezembro de 2013
Gabrielly, uma pérola rara e bela
“Essa é a historia da Gabrielly. Foi uma gravidez tranquila, não sentia nada, apenas ela se mexendo bastante dentro de mim. Mas, na madrugada de 16 de março de 2013, ela falou: “Essa é a minha hora”. Comecei a perder líquido em casa. Fui para o hospital e, chegando lá, a médica me examinou e disse que não havia vestígio de líquido e que não poderia fazer um ultrassom porque era sábado e o ultrassom só começaria a funcionar a partir das 15 horas, quando eram apenas 8 horas da manhã. Perguntei a ela: “E o que vou fazer até esse horário?”. Ela respondeu disse para eu ir para casa e ficar em repouso, e retornar depois. Levantei da cadeira e fui saindo da sala, quando veio um monte de líquido novamente. A única palavra dela foi: “Enfermeira, prepara a paciente que vamos fazer o parto dela agora”.
Nesse momento, passou muita coisa na minha cabeça, como, por exemplo, “Meu Deus, estou de sete meses apenas”. Comecei a chorar, e a médica falava: “Calma, mãezinha, que vai dar tudo certo. A sua bebê está bem, vamos cuidar dela”. Lembro que ela tinha 4 cesárias marcadas e me passou na frente dessas mulheres. Foi muito tudo muito rápido.
Então, às 9h15min, nasceu ela, linda, de 28 semanas. Chorou e a colocaram do meu lado. Dei um beijo nela, agradeci a Deus e depois não vi mais a minha filha, pois ela já estava na UTI Neonatal,toda intubada. Quando a vi daquele jeito, passaram várias coisas na minha cabeça. Pedi a Deus para tirar a minha filha daquele lugar. Ela estava respirando por aparelhos, cheia de furos para exames. Teve que tomar sangue, pois estava com anemia. Foram 21 dias de lutas diárias. A cada visita a esperança se renovava, a cada dia ela ficava forte, respirando sozinha.
Hoje, ela está com 9 meses, linda, esperta que só ela. Tenho que agradecer a Deus pela vida da minha filha. Obrigada, Deus, muito obrigada pela vida dela. Para mim é muito importante, porque posso agradecer a Deus pelo privilégio de ter uma filha como você. Uma pérola rara e bela, que alegra os meus dias e me faz ter esperança mesmo diante de todas as dificuldades.”
Patrícia, mãe da Gabrielly
Leia mais histórias de bebês prematuros.