De acordo com o New York Times, foram constatados mais de 25 casos de prematuros que receberam raios-X de maneira imprópria no State University of New York (SUNY) Downstate Medical Center, apenas alguns meses após terem sido revelados problemas similares ocorridos em 2007.
Durante uma inspeção no dia 9 de Março, investigadores disseram ter encontrado 27 casos de bebês prematuros que realizaram exames de raio-X de tórax e que foram irradiados além desta região, sem devida proteção.
Por apresentarem tecidos ainda em desenvolvimento e estes serem muito radiosensíveis, bebês e crianças são mais vulneráveis aos efeitos tardios da radiação, como o desenvolvimento de câncer.
Em 2007 o problema veio à tona depois do vazamento de um email do chefe do setor de Radiologia do SUNY Downstate, onde ele reclamava que um bebê havia passado por 10 exames de raio-X no corpo todo, quando havia sido solicitado apenas uma raio-X de tórax.
Nesta última inspeção, investigadores disseram que um prematuro de 26 semanas havia feito 5 exames de raio-X de tórax em menos de 2 meses e que a radiação não havia sido propriamente delimitada ao peito do bebê. Outro bebê teria feito um raio-X de tórax que acabou atingindo também cabeça, braços e abdômen.
Em 2007, o hospital disse ter tomado providências para minimizar a exposição das crianças à radiação.
Na investigação atual, oficiais citaram um radiologista que informou que muitas vezes os técnicos que realizam o exame eram induzidos a "oferecer" aos médicos para incluir nas suas solicitações outras " áreas de interesse" no raio-X de tórax.
Fonte: DotMed News (13/04/11)