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04.06.2011

Estudo sugere que prematuros podem ter dificuldades de aprendizagem no futuro


      "Uma pesquisa realizada pelas Universidades de Warwick, College London e Nottingham, no Reino Unido, mostra que bebês extremamente prematuros, ou seja, que nascem com menos de 26 semanas, têm mais risco de ter déficit cognitivo se comparados com aqueles que nascem no tempo certo.

     E por que isso aconteceria? Segundo Alice Deutsch, neonatologista do Hospital Albert Einstein (SP), ao nascer antes do tempo, além de o desenvolvimento neurológico do bebê que acontece no útero da mãe ser interrompido, interferências externas na UTI, como auxílio de respiradores e oxigênio, podem ser nocivas para ele. “Como o cérebro da criança é imaturo para esses impactos podem acontecer microlesões vasculares. Essas pequenas lesões não aparecem numa ressonância, mas, com o passar do tempo, elas podem refletir em problemas de aprendizado”, diz Mara Lúcia Santos, neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

     Por isso, é fundamental que os bebês prematuros tenham um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, que pode incluir pediatra, fonoaudiólogo, neurologista e fisioterapeuta. “Essa assistência é importante para a detecção e intervenção precoce de problemas que podem interferir no desenvolvimento da criança”, afirma Alexandre Ferreira Campos, psicólogo da Universidade Federal de Minas Gerais e membro do grupo Acriar, Ambulatório da Criança de Risco, do Hospital das Clínicas da UFMG.


     Sem cobranças demais - Não são todos os prematuros que podem ter problemas na escola, e, por mais que eles existam, não é um sinal de que não vão aprender. “Em termos de comportamento, qualquer dificuldade é superável e a criança não vai ser menos feliz se demorar um pouco a mais para ler, por exemplo”, diz Rita Callegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP). A ansiedade dos pais em ver o desenvolvimento do filho diferente do colega pode, inclusive, atrapalhar.

     Nessa hora, é preciso paciência e dedicação tanto da família quanto dos professores para aprimorar os estímulos da criança. E, se houver necessidade, a intervenção de um profissional e reforço escolar são válidos para ajudar na melhora do seu desempenho escolar."



Fonte: adaptado de http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI64414-15152,00.html (18/03/11)

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