

13 de Fevereiro de 2025
Esther meu maior Milagre
Esther nasceu no dia 12/10/24, de 28 semanas e 3 dias, com 1,190 kg e 37 cm — uma prematura extrema, grave. O nascimento da Esther foi muito conturbado: ela nasceu dentro da ambulância, antes mesmo de chegar ao hospital (Santa Casa da Misericórdia de São Sebastião de Paraíso). Por falta de ventilação, ela entrou em parada por 12 minutos e foi direto para a UTI Neonatal, onde foi entubada. Foi aí que nossas vidas mudaram ainda mais e a luta começou.
Na UTI Neonatal, me frustrei com as primeiras intercorrências nas primeiras semanas de vida da Esther, mas era ali que minha fé e minha coragem de lutar por ela se fortaleciam ainda mais. A Esther ficou entubada por um longo período. Quando, acidentalmente, veio a primeira extubação, ela mostrou uma força tão grande de viver que agarrou essa chance, mostrando que podia ficar sem o tubo — e assim foi por duas semanas.
Logo após essas duas semanas, veio a notícia de que teria que entubá-la novamente, porque ela estava ficando muito cansada. Lá se foi mais um tempo entubada. Quando, novamente, ela arrancou o tubo acidentalmente, foi extubada mais uma vez. Por mais que ela ficasse sem o tubo, a Esther tinha uma dificuldade enorme para sair do CPAP (oxigênio).
A causa? Depois de muita investigação, veio o diagnóstico: ela tinha uma paralisia no diafragma direito (eventração diafragmática). Foi quando veio a notícia de que a Esther precisaria ser transferida para Passos, onde seria submetida a uma cirurgia. No dia 12/12/24, fomos transferidas.
Nas minhas orações, eu sempre pedia a Deus que tudo acontecesse com a permissão dEle, que tudo o que tivesse que acontecer fosse somente com a permissão de Deus. A cirurgia da Esther foi marcada para o dia 17/12/24, mas ela pegou uma infecção, e a cirurgia foi adiada. Não questionei, apenas confiei em Deus e sabia que Ele estava preparando o melhor para ela.
No dia 20/12/24, a cirurgia foi realizada, com duração de 3 horas. Naquela sala de espera, eu estava tranquila, porque sabia que a vontade de Deus seria feita — pois eu me lembrava muito bem da oração que fiz com Deus. Assim como o voto de Ana, eu falei para Deus.
De verdade, foi uma das orações mais dolorosas que fiz, porque eu sabia que a resposta de Deus viria e eu teria que aceitar, pois é a vontade dEle sendo feita:
“Deus, eu amo a minha filha, o Senhor me deu ela e até aqui o Senhor tem nos sustentado. Mas assim como eu te entreguei ela no meu ventre, eu te entrego ela no teu altar, e que a Sua vontade seja feita. Eu não vou ser egoísta. Eu amo a Esther, mas não quero que ela sofra assim. Ela está sofrendo e eu, como mãe, também estou. Se for da vontade do Senhor, que o Senhor leve a cura sobre ela ou que o Senhor acabe com esse sofrimento. Mas que, acima de tudo, a Sua vontade prevaleça e seja feita.”
Essa foi a minha oração, e depois dela, tudo o que acontecia em relação à Esther me deixava tranquila, porque eu sabia que, acima de tudo, a vontade de Deus estava sendo feita. Nada aconteceria sem a permissão dEle.
E assim foi: a Esther fez a cirurgia, que foi um sucesso, sem nenhuma intercorrência, e ela se recuperou tão, mas tão bem...
Mas a luta não acabou por aí. Em um dos boletins médicos, perguntei se iriam transferir a Esther de volta para Paraíso. Foi quando veio a notícia de que estavam cogitando fazer outra cirurgia na Esther, desta vez no coração, por conta de um sopro.
Eu tinha a plena certeza de que a Esther veio para provar minha fé, então eu apenas confiava em Deus. No dia 02/01, às 08:00 horas, a Esther entrou para o bloco cirúrgico. A cirurgia teve duração de 1 hora e meia e, mais uma vez, foi um sucesso, sem nenhuma intercorrência.
Ali, eu entendi a resposta da minha oração: a Esther era a minha promessa, o meu milagre.
No total, foram 22 dias na Santa Casa de Passos. No dia 04, graças a Deus, voltamos para a Santa Casa de Paraíso, onde ela foi extubada, passou para o CPAP. Foi um processo demorado, mas, finalmente, no dia 29/01/25, a Esther já respirava sozinha, sem ajuda de nenhum aparelho.
No dia 30/01/2025, ela conseguiu mamar no peito, sem nenhum esforço, sem nenhum cansaço, surpreendendo até a mim mesma. Pelo tempo que passou, achei que ela teria muita dificuldade, mas, como sempre, ela mostrou a força e a garra que tem.
No total, foram 121 dias na UTI, mas Deus esteve presente em todos eles. No dia 10/02/25, veio a tão sonhada alta, e o meu milagre está em casa. Tudo o que passei foi para a honra e glória de Jesus.
Eu posso dizer, com todas as letras, que a Esther é o meu milagre vivo, onde eu testemunhei o milagre da vida diante dos meus olhos! Por muito tempo, eu ouvia falar dos milagres de Jesus, e hoje eu vivo e carrego nos meus braços esse milagre!


