21 de Novembro de 2013

Estevão: um bebê muito desejado

“Eu e meu esposo programamos a gestação do nosso Estevão durante 5 anos, e, logo que decidimos tê-lo, Deus nos abençoou rapidamente. No dia 20 de agosto de 2012, fiz o exame, e, então, recebemos o resultado que mais esperávamos: a gravidez do meu filho tão desejado, tão amado.

Foi uma gravidez tranquila, saudável e feliz. Fiz todos os exames, fui em todas as consultas do pré-natal e até a última consulta, tudo estava calmo e cada segundo muito prazeroso. Até que, ao completar 32 semanas, eu peguei  um resfriado muito chato, acompanhado de uma tosse terrível. Eu tossia muito, chegando a perder o ar de tanto tossir, e a cada crise de tosse, a minha barriga contraia por causa da força que sem querer eu fazia ao tossir. Como toda gestante, eu fazia muito xixi e, por causa da tosse, eu pensava que fazia xixi sem querer. No meio dessa crise, eu precisei ir ao atendimento de urgência buscar ajuda, mas os médicos de plantão diziam que não podiam me ajudar, que gestantes tem muita limitação para medicar e me mandavam ir tossir em casa.

Em uma dessas minhas idas desesperadas, eu tossi muito ao sair do hospital e eu senti um pouco de líquido escorrer em minhas pernas, mas eu acreditava ser xixi, porque eu realmente estava com vontade de urinar. Meu marido e eu rimos muito de mim por estar fazendo xixi na roupa. Mas aquela situação me deixou um pouco intrigada. Ainda assim, aguardei mais um pouco para ver se eu continuaria fazendo xixi.

Na semana seguinte, eu voltei ao hospital e a médica solicitou um ultrassom de urgência. Eu fiz imediatamente e o diagnóstico me levou direto para internação. Meu líquido estava consideravelmente reduzido e era preciso monitorar o bebê. Eu já havia completado 33 semanas e a médica solicitava uma ultra todos os dias, até que, na última delas, eu fui levada para o bloco cirúrgico. No dia em que completei 34 semanas, o Estevão nasceu pesando 2,685 kg e 47 cm. Ele nasceu com o peso até bom, né, mas, ainda assim, ele precisou ir para a UTI Neonatal. Até aí tudo corria tranquilo, dentro do esperado.

Para ser bem sincera, eu jamais imaginei que meu neném nasceria prematuro, muito menos que iria para UTI Neo. Mas, graças à Deus, eu fui muito bem acompanhada por uma equipe médica e de enfermeiros que me deixaram muito tranquila. Eles me explicavam tudo que iria acontecer, o porquê de cada procedimento, mas, o mais fundamental, foi a maneira serena de me explicar tudo que estava acontecendo e que o hospital contava com a melhor UTIN do Estado. Na UTIN, eu vi o quando todos daquele setor se doavam. Meu bebê foi muito bem cuidado, eu fui muito bem amparada e eles eram muito carinhosos com cada bebezinho, o que me deixou muito segura.

Finalmente, me deram alta. Meu Deus, a hora que eu precisei sair do hospital e deixar meu pinguinho para trás, caiu sobre mim todo o desespero do mundo. Eu queria sair correndo nos corredores daquele hospital gritando. Ele precisava aprender a mamar, pois ainda não tinha reflexo para sugar. Ele estava perdendo peso, a glicose caía toda hora e era muito amarelinho. Mas, nada melhor que um dia de cada vez para um prematurinho.

O tempo passou e logo ele aprendeu a mamar. Estevão saiu da sonda, em seguida foi para o quarto e 8 dias depois eu pude sair linda do hospital com ele em meus braços! Ele completou 8 meses e está uma bolinha, muito saudável e feliz, nos enchendo de muita felicidade e realização. Um grande beijo no coração de todas mamães e papais.”


Cher, mãe do Estevão

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