10 de Outubro de 2013
Ester Vitória: um lindo milagre de Deus
“Meu grande sonho sempre foi ter filhos. Depois de 3 anos de casada, resolvemos ter nossa primeira gestação, mas demorei um pouco a engravidar. Finalmente consegui, foi tudo bem, fiz todos os exames e tudo estava normal. No terceiro mês, tive um sangramento e fiquei de repouso, mas tudo continuava bem.
Foi então que, no dia 10 de julho de 2007, umas 23h30min, acordei e achei que tivesse feito xixi na cama. Quando olhei, estava puro sangue, uma hemorragia muito forte. Fui para o hospital, já estava com dilatação e começaram as dores. Lá, fiz ultrassom e estava tudo bem com a neném, estava grávida de 24 semanas, era uma menina. No outro dia eu tive alta mas, durante 12 dias, fiquei mais no hospital do que em casa. Até que, dia 22 de julho, eu passei muito mal, estava com muito sangramento e muita dor. Fui ao hospital e passei a noite toda com uma dor terrível e um medo muito grande de perder minha filha.
O doutor não me deu nenhuma esperança, disse que não tinha mais nada a fazer, que ela nasceria e morreria. Foi quando chegou um outro médico e conseguiu uma vaga na UTI Neo de Campo Mourão, então fomos para lá de ambulância e às pressas.
Cheguei e fui direto ao centro cirúrgico, foi o dia mais triste da minha vida, uma sensação horrível de incapacidade, por não ter sido capaz de gerar a minha própria filha. Minha cesárea foi dia 23 de julho de 2007 às 11h30min. Quando a Ester Vitória nasceu, escutei seu choro muito longe, parecendo um gatinho miando, não tinha forças. Ela estava muito roxa e seu rostinho era muito pequeno, do tamanho de uma laranja pequena. O pediatra me disse que tinha que correr, que ela havia nascido com 785g e não estava respirando. Ali eu chorei.
Fui para o quarto, vendo todas as mães com seus bebês e todas me perguntando onde estava o meu. Eu só chorava. Fui ver minha pequena à noite e a pediatra não me deu esperança. Não tem nada mais difícil neste mundo do que ver um ser que você mal conseguiu gerar naquela situação e não poder fazer nada. Eu me sentia incapaz, me sentia culpada, eu sofria muito.
Os dias foram passando e ela perdeu peso, chegando a 690g. Com 19 dias na UTI, ela piorou muito e teve 3 paradas cardiorrespiratórias, pneumonia, infecção, os rins não funcionavam, não fazia mais xixi, toda inchada, começou a sair sanguinho pela sonda e, realmente, ninguém além de mim, acreditava na recuperação da minha filha. A doutora me disse: ‘se prepara, ela não vai conseguir, está muito fraca e doente. Está no isolamento e estamos fazendo o possível, mas de hoje ela não passa’.
Sofri muito, mas entreguei tudo nas mãos de DEUS e Ele falou comigo naquela noite, em um lindo versículo da bíblia. Ele disse que ela chegaria bem próximo da morte, mas não iria morrer. Eu me firmei naquela palavra e cri. E DEUS foi fiel, foram 3 meses de hospital e todos os dias ela melhorava. No dia 23 de outubro, tivemos alta e, para glória de DEUS, minha filha é uma criança normal, não ficou com nenhuma seqüela.
Hoje a Ester tem seis aninhos e, cada vez que olho aquele lindo rostinho, vejo a mão de DEUS na vida dela. Lembro de cada momento e de todos da UTI Neo de Campo Mourão / PR, anjos enviados por DEUS nesta Terra para trazer alegrias a muitas mães.”
Laís, mãe da Ester Vitória
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