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28 de Junho de 2013
Eduardo: o grande guerreiro
“Era final de outubro quanto recebi a linda notícia de que estava grávida. Fiquei muito feliz, era meu segundo filho.
Em meio a tantas alegrias, logo começaram os problemas: enjôos, dores... Aos 4 meses de gestação, minha pressão começou a subir. Passei quase toda a gestação internada. Saía, ficava um tempo em casa, voltava de novo. E assim foi até chegar as 32 semanas.
Em uma quarta-feira à noite, comecei a sentir fortes dores abdominais. Não sabia se era sinal de trabalho de parto, pois meu primeiro filho também foi prematuro, então nunca senti as dores do parto. Fui levada para a maternidade com muitas dores e lá soube que não era trabalho de parto. Resolveram me internar, pois minha pressão arterial estava a 22/11, imagina uma gestante chegar a um nível de pressão assim!
Fiquei o resto da semana internada. Na sexta à tarde, o doutor que me acompanhava me disse que talvez precisasse interromper a gestação. Fiquei muito triste, pois meu primeiro já foi assim. Fiz exame e o médico falou que dava para esperar.
Passei muito mal naquela noite, sentia meu corpo queimar e muita sede. Até que amanheceu e foi tudo muito rápido: o pessoal da enfermagem me arrumando para ir para o centro cirúrgico e ligando para meu marido. Me lembro que o enfermeiro chegou e disse: ‘Luana, como você sabe, ele é prematuro e vou ter que acionar a UTI NEO’. Foram as piores palavras que ouvi, nunca imaginei que ia ter um filho em uma Neo Natal, pois, apesar de ter sido prematuro, o Ricardo (meu primeiro filho) não foi para UTI.
O médico chegou e disse ao meu marido e minha sogra que eu e o bebê corríamos risco de vida, que ele iria fazer o possível para salvar os dois. Começou a cesárea e foi muito tenso, minha pressão estava muito alta. Mas naquele momento DEUS estava operando e, no dia 12 de maio de 2012, às 9h15min, véspera do dias das mães, nasceu o Eduardo.
Ele foi pra UTI, foi entubado, e eu passei muito mal. Sentia fortes dores, tomei três bolsas de sangue, fiquei muito inchada e fraca. Ver o Edu na UTI foi muito emocionante, ele era muito pequeno, chorei muito, pensei que ele não ia conseguir sobreviver.
Tive alta o e Edu ficou. Sair daquele hospital e deixar meu bebê lá foi muito triste, o pior momento da minha vida. Queria levá-lo para casa, amamentar meu bebê tão esperado, mas ele ia ficar longe de mim. Voltei a ser internada no outro dia, pois começou uma pequena hemorragia e tive que voltar para o centro cirúrgico para drenar o sangue. Fiquei mais uma semana internada no mesmo hospital que o Edu e sempre ia vê-lo, levar o leite para ele.
Depois de vinte dias, o Edu saiu da UTI e foi para o quarto. Como estava tomando muita medicação, tinha que esperar três horas, estocar um pouco de leite aí podia dar mamá para meu pequeno. Ele também tomava complemento no copinho de três em três horas. Passaram-se mais algumas semanas, meu pequeno ganhou peso e, depois de tanto susto, pude levá-lo para casa.
Ele completou 1 ano em maio, está lindo e muito esperto, meu pequeno Davi que já nasceu derrubando gigantes. Por isso eu digo a todos os pais que passam pela mesma situação: sei que é muito difícil ter um filho prematuro, vários são os medos, a insegurança e às vezes até um comentário maldoso. Mas existe um DEUS do impossível que faz maravilhas acontecerem, acredite e tenha fé.
Um grande abraço em todos, DEUS abençoe grandemente.”
Luana, mãe do Eduardo