Os transtornos de espectro autista (TEA) são um grupo de complexos distúrbios do desenvolvimento cerebral que afetam o comportamento, as habilidades sociais e de a comunicação.
A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda aos pediatras que todas as crianças entre 18 e 24 meses de vida sejam testadas para estes distúrbios, e que encaminhem para avaliação formal as que falharem nesta triagem.
Muitas unidades neonatais nos Estados Unidos instituíram o protocolo da AAP e realizam um follow-up para monitorar bebês que nasceram muito prematuros. Entretanto, não se sabe o quão precisa é esta triagem para a população em questão.
Pesquisas recentes sugerem, entretanto, que é melhor aguardar até a criança completar 30 meses de idade (2 anos e 6 meses) para realizar triagem para TEA em crianças com risco para o problema.
Os pesquisadores suspeitam que prematuros extremos diagnosticados com autismo aos 18 meses podem não apresentar o distúrbio de fato. Eles podem apenas ter atraso cognitivo e de linguagem não relacionados ao autismo, o que é normal dentro de sua evolução clínica.
Dr.Bonnie E. Stephens e seus colaboradores investigaram crianças com diganóstico de TEA aos 18 e aos 30 meses de idade, e observaram que 18% das crianças testaram positivo para TEA aos 18 meses, ao passo que aos 30 meses, essa taxa caiu para 10%.
Os autores da pesquisa estão em busca de patrocínio para realizar um estudo multicêntrico com mais de 500 bebês prematuros "Isso vai nos permitir determinar a real taxa de TEA nessa população, a prevalência de diagnósticos falso-positivos aos 18 e 30 meses, o melhor momento para realizar a triagem, e a ferramenta mais adequada para teste nos prematuros extremos".
Fonte: RedOrbit.com (02/05/11)