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07.02.2014

Cuidados vitais nos primeiros anos de vida do prematuro


Notícia original publicada em 06 de fevereiro de 2014.

Por Mariana Santos

O momento mais aguardado pelos pais que têm filhos que nasceram antes da 37ª semana de gestação é quando o bebê recebe alta do hospital e vai para casa, porém este mesmo momento gera ansiedade e insegurança.

Mesmo com um desenvolvimento dentro do esperado, as crianças prematuras necessitam de um olhar mais atento. Estudos feitos por pesquisadores da Universidade de Grenoble, na França,mostram que uma criança que nasceu prematuramente necessita mais de atendimentos na área de saúde do que os bebês a termo (que já está com os seus intestinos ativos), isto é, que nasceram no tempo correto.

O Dr. Rodrigo Peres, fisioterapeuta da Central da Fisioterapia alerta que os pais devem ter consciência de que o filho prematuro só vai para casa quando os profissionais da saúde acharem que ele está pronto para deixar o hospital. Para os pais que estão passando ou ainda vão passar por essa situação, Dr. Rodrigo dá 5 importantes dicas de cuidados que mães devem ter com bebês prematuros:

1.    Fisioterapia Neonatal: O resultado da pesquisa feita pela Universidade de Grenoble, na França, mostra que os prematuros têm uma incapacidade motora maior do que as crianças que nasceram no tempo certo da gestação. Por isso, para estes bebês, a fisioterapia Neonatal tem como objetivo minimizar, através de técnicas preventivas, intervenções no desenvolvimento do bebê, estimulando-o com brinquedos adequados para desenvolver o cérebro, além de trabalhar com sua adaptação.

2.    Acompanhamento médico: “Se o seu filho for uma criança prematura, acompanhe seu desenvolvimento juntamente com profissionais qualificados”, afirma o Dr. Rodrigo da Central da Fisioterapia. Após a alta, o bebê deve fazer acompanhamento multidisciplinar com os seguintes profissionais: pediatra Neonatal, Fisioterapeuta, Oftalmologista, Otorrino e outros que os especialistas acharem adequado.

3.    Prevenindo infecções: Por ser prematuro, o bebê possui um sistema imunológico imaturo, por isso, os cuidados para evitar infecções devem ser redobrados, ou seja, sempre lavar as mãos antes de tocar no bebê e nos objetos do bebê, como chupeta, por exemplo. Evite, principalmente nos primeiros dias, lugares com muitas pessoas e não deixe pessoas resfriadas chegarem perto do pequenino. Caso todos os cuidados tenham sido tomados e mesmo assim o bebê apresentar alterações de saúde, fique atento aos sinais de alerta, como febre acima de 38ºC, falta de vontade de mamar, sonolência além do normal e tremores ou convulsões.

4.    Alimentação: Por ser mais sonolenta, muitas vezes a criança prematura não acorda para mamar ou ainda dorme durante a amamentação, por isso é muito importante acordá-lo e estimulá-lo para mamar, como por exemplo, estimular o reflexo do bebê e procurar tocá-lo na face com o mamilo. Por ter mais dificuldade na coordenação da sucção-deglutição, a criança necessita de mais ajuda e tempo nas mamadas, além disso, o prematuro engasga com maior frequência. Por isso, durante as mamadas a mãe deve fazer pausa para o bebê arrotar, colocando-o em pé no colo. Caso engasgue, deve-se elevar a cabeça do bebê e deixá-lo tossir.

5.    Higiene: O bebê prematuro tem uma pele mais delicada, portanto poderá ser necessário mudar a fralda com maior frequência de forma a prevenir o aparecimento de assaduras. Outra dica importante é usar compressas macias ou algodão molhados em água morna para limpar o bumbum do bebê.

Na hora do banho, a mãe deve ficar atenta com a temperatura ambiente, além de ser rápido e com muita segurança sempre. Para as roupas o ideal é que sejam confortáveis e de algodão. Para evitar possíveis alergias ou irritações na pele sensível da criança, a mãe sempre deve usar sabão neutro e remover as etiquetas das roupas.

Por fim, o Dr. Rodrigo afirma que todo o cuidado com uma criança prematura deve ser redobrado, principalmente no que diz respeito ao seu desenvolvimento. “Não é porque seu filho nasceu prematuro que significa que terá alguma incapacidade”, alerta o fisioterapeuta.

Fonte: Segs

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