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25 de Fevereiro de 2014
Bernardo, um prematuro extremo forte como um urso
“Com 4 meses de gestação, tive uma ruptura alta na bolsa e uma pequena perda de líquido. Por orientação médica, parei de trabalhar e comecei a fazer repouso. Quando completei 26 semanas e 5 dias, perdi líquido novamente, só que dessa vez em uma quantidade assustadora. Fui correndo ao hospital e imediatamente internada.
Passei a noite tomando soro para segurar o bebê, e, no dia seguinte, fui transferida para outra cidade, pois onde eu estava não havia vaga na UTI Neonatal. Já era certo que o meu bebê nasceria prematuro e o meu desespero foi duplicado pela transferência, porque ficaria longe da minha família.
Fiquei 8 dias internada, tentando ganhar tempo. Cada dia que passasse, a chance dele seria maior. Foram 8 dias tomando duas injeções por dia para amadurecer o pulmãozinho dele. Devido a bolsa rota, eu havia pego uma infecção que só aumentava, mesmo tomando antibiótico.
Até que cheguei nas 28 semanas gestacionais, e nesse mesmo dia, fiz a minha cesárea e o meu pequeno Bernardo veio ao mundo. Ele nasceu dia 14 de outubro de 2013, com 1,030 kg e 35cm, já brigando com o tubo (se extubou 2 vezes) e só depois pude vê-lo, de longe, através da incubadora.
Passei a noite em claro, só queria ver o meu pequeno. Noite longa, mas a manhã chegou e, finalmente, pude vê-lo. Confesso que o medo aumentou. Não imaginava que um bebezinho tão pequeno poderia viver. E só recebia notícias ruins dos neonatologistas. Ele nasceu com pneumonia e infecção.
Durante o tempo de internação, fez sangramento intestinal, convulsão e pneumotórax. Ficou 25 dias intubado, 3 dias no CPAP e 7 dias no catéter, até que conseguiu se livrar do oxigênio.
Foram 60 dias de UTI, quando pude trazer o meu pequeno para casa. Ele ainda é muito pequeno (2,090 kg e 43 cm), precisa de muitos cuidados, mas é o meu milagre. Bernardo foi contra todas as probabilidades e surpreendeu a todos.
Fiz um blog contando toda a história do meu pequeno em detalhes. Desabafar e compartilhar a minha história com outras mães que passam pela mesma situação foi a minha válvula de escape, foi o que me fez forte durante esse tempo de altos e baixos. Caso queiram conferir: Mãe de Um Guerreiro.”
Amanda, mãe do Bernardo