14 de Setembro de 2021

Benjamin, Filho da Felicidade

“O Benjamin nasceu no dia 06/09/2019, de 29 semanas e 4 dias (7 meses), pesando 1.025 kg com 35 cm (na primeira semana de vida ele foi para 970 gramas). Uma semana antes dele nascer tive algumas crises de pressão alta, e na terça-feira (03/09/2019) fui internada porque a pressão alta ocasionou uma alteração na artéria umbilical e o Ben não estava mais recebendo sangue e oxigênio suficiente.

Foi uma corrida contra o tempo, para tomar as injeções de corticoide, injeção responsável pelo amadurecimento dos pulmões do bebê, tomei as duas doses necessárias. Na hora do parto, o médico me disse que talvez eu não iria ver o Ben, pois ele teria que ser entubado por ser um prematuro extremo, mesmo sendo bem pequeno o Ben nasceu chorando, não precisou ser entubado e ainda tivemos tempo para tirar a nossa primeira foto.

Mãe de prematuro extremo vive os dias de UTI Neonatal não contando os dias, mas contando cada grama que ele ganha. A primeira vez que peguei o Ben no colo, ele tinha 12 dias de vida, no dia 04/11/2019, renascemos, depois de 62 dias internados, recebemos alta.Não foi nada fácil, passamos por isso juntos, nós 3 (Ben, meu marido e eu), nesse teste de fé, perseverança e amor.

Ao contrário do que muitos acham, os 59 dias que o Ben ficou internado na UTI Neonatal, não foi somente para ganhar peso, ele teve que encarar inúmeros obstáculos, que só temos noção quando lemos o resumo da sua alta hospitalar. Diagnósticos: - Prematuro extremo (29 semanas); - PIG "Pequeno para a idade gestacional" (1,025 kg e 35 cm); - Desconforto respiratório precoce; - Retardo do crescimento intra uterino; - Sepse Neonatal; - Filho de mãe hipertensiva específica da gestação; - Icterícia Neonatal; - Vômitos pregressos; - Doença metabólica óssea; - Anemia da prematuridade; - Fundo de olho; - Macrocrania; - HIC grau 1; - Hérnia umbilical.

Ele venceu (e está vencendo) cada obstáculo dia após dia. O Benjamin é o meu verdadeiro "Milagre da vida", me ensinou que maternidade não é como idealizamos, o seu nascimento não teve bebezinho no quarto junto com a mamãe, não teve lembrancinha de nascimento porque não deu tempo para pensar nisso.

Tenho lembranças mais importantes, aprendi com ele que a maternidade transforma, e a UTI de neonatal transforma mil vezes mais. Ser mãe de um bebê prematuro me faz valorizar cada pequena conquista, me ajudou ser uma mulher mais forte, resiliente, com mais empatia, e com mais gratidão.”

(Relato da mamãe Poliana, enviado em 2020)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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