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14 de Maio de 2014
As lutas e vitórias do amado Pedro Henrique
“Um sonho: ser mãe. No dia 21 de novembro de 2011, eu tive a certeza: estava grávida de 7 semanas e 3 dias. A minha gravidez foi tranquila, eu não senti nada, nenhum enjoo, tontura, mal estar. Eu não sentia nada e o meu bebê, meu Pedro Henrique, crescia bem e normal. Sim, um menino, eu estava grávida de um menino, tudo que eu e meu marido queríamos era um menino.
Ao realizar a 2ª morfológica, eu descobri que o meu filho tinha os ossos longos, 5% menor que o padrão e pesava apenas 412 gramas, ou seja, o meu filho não estava mais crescendo. Ele não estava bem, me desesperei e chorei muito. A minha obstetra pediu para esperar mais 4 semanas. Refizemos o exame e o meu filho continuava sem crescer. Ele já tinha 28 semanas e 5 dias e só pesava 795 gramas. Eu tive a pior notícia da minha vida, nosso sonho estava virando um pesadelo, pois poderíamos perder o nosso filho.
A minha obstetra resolveu me internar e dei entrada no hospital Santo Amaro no dia 30 de março de 2012. No dia 03 de maio de 2012, com 29 semanas e 4 dias, às 11h59min, o meu filho nasceu pesando 905 gramas e medindo 37 cm. Foi aí que tudo começou e entramos nesse mundo desconhecido chamado “prematuro”.
Quando eu carreguei o meu PH pela primeira vez, ele tinha 10 dias de nascido e era Dia das Mães. Meu primeiro Dia das Mães e eu ganhei o melhor presente do mundo, carreguei o meu filho! Passaram-se 17 dias de nascido e sem fazer dejeções, com uma suspeita de megacolón. Graças a Deus, foi apenas suspeita.
Ele passou 51 dias intubado, depois utilizou o CPAP por mais ou menos duas semanas. Pegou uma bactéria chamada acinetobacter através do tubo. Meu marido e minha mãe ouviram de uma das pediatras da Neo que não tinha mais antibióticos e nem oxigênio mais forte para oferecer ao meu bebê, que ele estava entregue nas mãos de Deus a partir daquele momento. Ele já tinha quase 2 meses e nenhuma melhora.
Com 3 meses, foi descoberto que ele tinha catarata bilateral e foi operado antes de ter alta. Os diagnósticos, então, foram: prematuridade extrema, infecção perinatal e tardia, hipospádia balânica, SDR grau III/displasia broncopulmonar, hipertensão pulmonar grave, catarata congênita, osteopenia, dilatação ventricular pós hemorrágica e atrofia cerebral. Mas nada para Deus é impossível e PH teve alta hospitalar depois de 105 dias de internação! O grande dia, 16 de agosto de 2012, estamos de alta. Pesando 2,370 kg e medindo 44 cm.
Em casa foi complicado, foram várias medicações, refluxo, fisioterapia de estimulação precoce até 1 ano e 3 meses, visitamos vários médicos, foram várias recomendações e várias perguntas de todos ao nosso redor, mas passou.
Hoje PH tem 2 aninhos, não toma mais nenhum remédio, já teve alta da fisoterapia, da cardilogista, só continua indo para neurologista, oftalmologista e para pediatra. Ele usa óculos de grau devido a catarata, porém, o médico já disse que um dia ele pode deixar de usar ou não, só depende do organismo dele. Ele anda normal, come de tudo e fala. E a lesão do ventrículo cerebral está estável.
Essa é a nossa história. Eu tenho um prematuro que amo demais, o meu Pedro Henrique, meu PH.”
Carla, mãe do Pedro Henrique