19 de Agosto de 2013
A superação de Isabelly Vitória
“Me chamo Dagmar e nem sei bem como contar a minha história, mas vamos lá. Engravidei com 26 anos e foi a nossa maior alegria, pois eu e meu esposo queríamos muito. Planejamos tudo, sonhamos, mas a nossa vontade nem sempre é a vontade de Deus.
Tudo ia bem mas, quando estava com 20 semanas de gestação, caí de moto e bati a barriga, mas estava tudo bem. Com o passar dos dias, comecei a sentir fortes dores, foi quando começou a minha peregrinação. Eu não parava nem em casa e nem no hospital, foram meses difíceis. Perdia líquido constantemente, meu médico pedia repouso absoluto. Mudei pra casa da minha mãe para não ficar sozinha em casa, pois não podia pegar um prato em pé, era da cama pro banheiro e nada mais.
Quando parecia que tudo estava controlado, me senti mal e fui para o hospital. Fiquei hospitalizada com fortes dores, perdi um pedaço da placenta, que descolou espontaneamente. Meu Deus, foi um susto, porque naquele momento pensei que fosse o meu bebê, mas com a graça de Deus não era. As dores não passavam. Quando o médico chegou para me examinar, veio a notícia: ‘sala de parto imediatamente, está nascendo e não tem mais como segurar’. Lá fui eu chorando muito, porque acreditava-se que não nasceria com vida.
Passei momentos terríveis naquela sala, parecia uma eternidade. Ela enfim nasceu, imóvel, respirando bem fraquinho. Socorreram ela e ali eu fiquei. Isabelly nasceu às 09h43min da manhã, mas só consegui vê-la às 14h30min, pois tive uma complicação pós-parto e ela estava sendo cuidada. Veio ao mundo com 26 semanas, pesando 800g e medindo 30cm. Quando a vi ali, cheia de aparelhos, tão pequenina, os médicos disseram que precisava ser transferida urgentemente, pois na minha cidade não haveria suporte adequado. Meu Deus, que desespero, um sofrimento sem tamanho. E para ajudar, eu não poderia ir com ela, pois necessitava de cuidados.
Meu esposo foi e ele conta que foi muito difícil, pois a estrada é ruim e osaparelhos desligavam. Três dias depois, eu fui liberada e me desloquei imediatamente para junto do meu anjinho. Ela teve várias complicações respiratórias, infecções, passamos longos 105 dias hospitalizadas. Foram muitas lutas mas, graças a Deus, ela venceu. Hoje está com seis anos e é linda, é a minha vida. Infelizmente ficaram seqüelas, devido à prematuridade extrema. Faz acompanhamentos regulares com neuropediatra, oftalmologista, pediatra, fono, fisio, TO, mas só tenho a agradecer a Deus pela vida da minha pequena Isabelly Vitória, sem ela não saberia o que seria de mim.”
Dagmar, mãe da Isabelly Vitória