07 de Outubro de 2012

A pequena Rafaela: 32 semanas e 32 dias de UTI


Agradeço muito à Juliana pela história e pelo carinho que tem conosco. Ela faz questão de alertar a todos sobre os perigos da Síndrome de HELLP (leia mais aqui), que fez com que sua Rafinha viesse ao mundo prematura. Jú: um beijo grande em vocês três!

"A Rafaela é minha segunda filha, irmã da Júlia que, hoje, tem 4 anos.

A gravidez da Júlia foi super tranquila... ela nasceu de 39 semanas, tudo foi perfeito. Já, a gravidez da Rafaela estava evoluindo super bem até a 27ª semana, quando minha pressão começou a subir.

Fiz um controle de exames e ultras super rigoroso, parei de comer sal, tentei fazer repouso absoluto como a médica pediu.

Eu me sentia muito bem, a única característica marcante era o inchaço, muito inchaço! Consegui levar a gestação até 32 semanas e 5 dias.

No dia 4 de junho de 2012, eu estava em casa e comecei a sentir uma aflição muito grande... um aperto no peito me avisava que alguma coisa não estava bem. Tirei a pressão e tomei o maior susto: 17/21. Liguei para minha médica e ela me mandou ir correndo para o hospital.

Chegando lá, a pressão estava mais alta ainda, 18/22. Resultado: fui direto pro centro cirúrgico, sem direito nem de pensar no que poderia acontecer.

A Rafaela nasceu, comprida e magrela, 41 cm e 1570 gramas. Fomos ambas para a UTI. Fiquei 4 dias sem vê-la, somente tendo notícias pelo meu marido que, se revezava nas visitas. No dia seguinte ao parto, minha médica me disse que eu tinha apresentado um quadro de Síndrome de Hellp e o único jeito de não perder nem mãe e nem filha, era separando uma da outra. A minha placenta estava toda comprometida, com tromboses e varizes por todos os lados.

Graças a Deus, a Rafaela nasceu perfeita, não precisou de ajuda para respirar e passou 32 dias na UTI somente ganhando peso. Lógico que como todo prematuro passou por alguns desconfortos, no caso dela intestinal, como também perda de peso e, no dia que receberia alta, apresentou uma anemia que fez com que a equipe médica decidisse por uma transfusão sanguínea.

Hoje, ela está em casa, com quase 2 meses, pesando 3500 gramas e 51 cm. Foi tudo muito emocionante... posso dizer que foi a situação mais delicada da minha vida!!!!

Vou sempre rezar por esses guerreirinhos e guerreirinhas!!!! E nós, mães de UTI, também somos vencedoras!!!!"

Juliana, mãe da Rafaela.

 

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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