29 de Setembro de 2013

A inesperada chegada de Josué

“Depois de dois abortos em dois anos consecutivos, finalmente Deus me concedeu a grande honra de gerar uma vida, a vida de um menino (no meu coração, sabia que era menino). O teste de farmácia não demorou nem 5 segundos pra demonstrar as duas tirinhas vermelhinhas, a partir dali eu sabia que estava esperando um bebê.

Fiz o teste de sangue somente pra tirar a dúvida dos outros e... POSITIVO! Minha gravidez foi super tranqüila, sem enjôos, sem asias exageradas, sem qualquer outro sintoma desagradável. Pressão arterial sempre 12/8 até o 7º mês, quando atingiu 14/10. Tive que tomar remédio controlado mas, mesmo assim, no 8º mês, ela chegou a 18/10 (pré- eclâmpsia), que não evoluiu, pela graça de Deus, para eclâmpsia.

E por isso, meu pequeno Josué (Deus é a Salvação) teve de ser tirado com 34 semanas e dois dias, pois teria mais chance de sobreviver e desenvolver aqui fora do que no meu útero. Foi um susto e um Deus nos acuda, já que nem o chá de fraldas tinha feito, nem aprontado o quarto ou lavado as roupinhas. Isso tudo ficou pra depois.

Ele nasceu no dia 15/08/12, com 1,345kg e 37cm. E me lembro muito bem quando, muito rapidamente, a enfermeira veio me apresentar e ele estava com os olhinhos bem abertos e com as mãozinhas entrelaçadas como quem diz: “Cheguei! Vocês estão enrolados!”.

Foram 28 dias de luta na UTI Neonatal. Dias de glórias, outros de angústia, mas todos esperançosos de que ele iria pra nossa casa a qualquer momento. Ganhava peso, crescia, se desenvolvia e só o que o impedia era uma infecção que não cedia. Foram três tipos de antibióticos pra combatê-la. Até que, num belo dia, me aprontando em casa para ir ao hospital, recebi uma ligação de lá. Embora apreensiva, as notícias não poderiam ser melhores. Meu forte e corajoso Josué teve alta da Neo e iria subir pro apartamento.

Não sabia se ria ou chorava, se gritava, se louvava. Vivia ali um turbilhão de emoções pois, para mim, naquele dia (13/09), Josué nascia pela 2ª vez. Passados mais 7 dias, vivemos o tão sonhado e esperado momento de levar nosso bebê para casa, emoção maior não poderíamos ter. Na saída do hospital, me lembro que eu e meu esposo declaramos que nosso bebê já tinha acabado sua cota de passar por um hospital nessas situações extremas. E talvez por isso ele seja forte como rocha.

Hoje, com um ano de vida, esse pequeno não só enche nossos corações, nossa casa de muitas alegrias, como nos faz lembrar todos os dias o quanto Deus é bom, misericordioso e fiel cumpridor de suas promessas. Louvado seja Deus!”


Janilce, mãe do Josué

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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