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06.01.2020

A importância de seguir o calendário vacinal para o prematuro

Não há novidades no calendário vacinal para 2020, mas é fundamental que as famílias sejam orientadas quanto a importância de seguir as recomendações para imunizações. Isso já deve ser realizado dentro das maternidades, a fim de garantir que os familiares do bebê prematuro tenham conhecimento sobre o assunto, porém poucas campanhas são feitas nesse sentido.

A prematuridade é considerada fator de risco para o surgimento de doenças respiratórias e podem levar a criança há várias internações ou até mesmo ao óbito, se não tratadas adequadamente. Para Patrícia Ponce de Camargo, enfermeira do Centro Neonatal do Instituto da Criança (HCFMUSP), "o principal argumento a ser defendido é que o prematuro tem um sistema imunológico imaturo, ficando muito tempo internado, com várias coletas de sangue realizadas para o seu tratamento e, por isso, muitas vezes fica anêmico. Outro fator agravante é que as mães não conseguem amamentar. Todas essas pecularidades fazem com que essa criança se torne vulnerável, principalmente a doenças respiratórias. Por isso, a importância da imunização nos bebês prematuros".

O calendário vacinal para o prematuro é diferente?

Patrícia explica que a diferença da imunização entre bebês a termo e prematuros são poucos conhecidas pelas famílias e até mesmo pelos serviços de saúde. Várias campanhas têm orientado na aplicação de um tipo especial de vacina tríplice bacteriana, que protege contra coqueluche, tétano e difteria. Crianças nascidas prematuras devem receber a categoria acelular dessa imunização. Outras diferenças estão relacionadas ao tempo de aplicação da vacina da hepatite B, em crianças com peso menor que 2.000 gramas e idade gestacional menor que 33 semanas, pode ser aplicada com (0, 1, 2, 6 meses). Outra diferença é a administração de um anticorpo monoclonal, contra o vírus sincicial respiratório. Nos prematuros, o risco de complicações respiratórias é dez vezes maior do que a do bebê de termo, por isso a necessidade da sua utilização no tempo de sanzonalidade.

Como funcionam as vacinas no SUS e nas clínicas privadas?

A enfermeira afirma que "a maioria das vacinas são disponíveis tanto no SUS quanto na rede privada, porém é necessário estar atento para a região do Brasil e verificar sua disponibilidade. Um exemplo é o anticorpo monoclonal contra o VSR, que por ser muito caro, acaba faltando em algumas regiões do Brasil". As recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)-2019 e 2020 estão disponíveis na internet e destaca em uma tabela a disponibilidades das vacinas da rede pública e privada. Confira aqui.

Em caso de dúvidas, consulte o médico do seu bebê ou especialista. 

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