27 de Janeiro de 2014

A história do risonho prematurinho Kevin

“2013 foi, com certeza, o melhor ano da minha vida! Mais precisamente em março as alegrias começaram a se concretizar. Me casei no finalzinho do mês com o homem mais precioso do universo. Estava vivendo plenos momentos de felicidade. Passei uma semana em lua de mel, e, após esse período, retornamos para a nossa rotina. Alguns dias depois, comecei a me sentir muito mal, mas achei que era a reação dos remédios que estava tomando por conta de um problema renal que estava começando a tratar. Os dias foram se passando e nada de melhorar. Eu e meu esposo resolvemos ir à uma farmácia, não me lembro comprar o que, e meu esposo, despretensiosamente, decidiu comprar um teste de gravidez. Fazia este teste de farmácia periodicamente, portanto, fiz sem ter esperanças de nada, afinal, estava em meio a um tratamento renal. E qual foi a minha surpresa? Deu positivo! Ahhhhhhh, que alegria! Corremos para um Posto de Saúde para confirmar, e, enfim, estava grávida! Meu Deus... Que felicidade!

Os meses foram se passando, dei início ao meu pré-natal, e, aparentemente, tudo corria bem. Fiz o meu primeiro ultrassom com 14 semanas e nada de conseguir ver o sexo do baby, pois as perninhas estavam sempre fechadinhas. Aí, comecei a ouvir os ditos populares de que quando se esconde muito dentro da barriga da mamãe é porque é menina. A minha intuição dizia que era um menino, mas ninguém acreditava. Fiz o 2º, e somente no 3º ultrassom, no 5º mês de gestação, o médico diagnosticou que era uma menina. Me assustei, chorei, pois achei que a minha intuição materna era falha. Me acostumei com a ideia de que teria uma princesa chamada Analice. Montamos o enxovalzinho completo, tudo lindo.

Quando entrei no 7º mês de gestação, comecei a me sentir muito inchada e notei que a minha pressão estava alta. Na consulta, a médica me disse que meus exames apontavam para diabetes gestacional. Fiquei preocupada, e logo corri para tentar marcar o pré-natal de risco, mas nem deu tempo. No dia seguinte, para me distrair, comecei a agilizar as coisas para fazer o Chá de Bebê da Analice, e, no fim da noite, comecei a me sentir muito mal, com muita dor no estômago, falta de ar e uma palpitação no coração. Acordei o meu marido, e ambos, apressadamente, fomos ao hospital. Uma estagiária mediu a minha pressão e, para a minha surpresa, estava 18 por 1. Resumindo: fui internada às pressas com diagnóstico de pré-eclâmpsia, que é a alteração da pressão durante a gestação. A única frase que ouvia o tempo todo dentro daquele hospital era: “Temos que decidir entre ela ou o bebê”. Naquele momento, um desespero imensurável invadiu a minha alma.

Depois de 4 dias internada, e de ter feito diversos exames, os médicos optaram por fazer uma cesárea de emergência. Era tudo muito arriscado, afinal, a minha pressão alterava demais, e eu estava apenas com 31 semanas de gestação. Dentro da sala de cirurgia, durante o parto, eu só clamava e pedia a Deus que cuidasse de nós. De repente, sinto um clima estranho entre os médicos e uma das médicas me pergunta: “Mãezinha, como ia se chamar o seu baby mesmo?” E eu respondi: “Analice, doutora”. Ela sorriu e disse: “Impossível, meu amor. Com um piu piu desse tamanho, você vai ter que escolher outro nome”. Entrei em choque, achei que era brincadeira. De repente, para nossa surpresa, ela me levanta um meninão! Eu quase infartei. Tudo rosa, esperando pela Analice e Deus me presenteou com um Kevin! No dia 27 de agosto de 2013, o meu pequenino nasceu com 1,340 kg e 36 cm. Era um pitoco. Logo o levaram para a UTI Neonatal, onde me vi vivendo uma das situações mais difíceis da minha vida. Todas as mamães com seus filhinhos no quarto e eu com o meu pequeno dentro de uma incubadora na UTI. O meu coração estava em pedacinhos.

Os dias foram se passando, e, enfim, chegou o dia da alta. Como sair de lá sem a minha maior riqueza nos braços? Foi exatamente ali que percebi o quanto era forte para enfrentar aquela situação. A recuperação do Kevin foi super expressiva. Ele ficou intubado somente nos primeiros 10 dias, e 3 dias tomando banho de luz. A evolução dele era incrível! Todos os dias que entrava naquela UTI, me sentava ao lado da incubadora e cantava para ele uma canção de vitória. Era inevitável conter as lágrimas, enquanto cantava "Velha Infância, dos Tribalistas. Após 40 dias, nestas idas e vindas, com o coração cheio de esperança, veio a notícia de que o pequeno Kevin teria alta. Eu e o pai dele, Patrick Atanázio, chegamos naquele hospital com a malinha pronta e o coração cheio de gratidão a Deus e alegria por viver esse milagre.

Hoje, dia 27 de janeiro, o pequeno Kevin está completando com 5 meses, pesando 5,150 kg. Está cheio de saúde, com um fôlego para chorar que só Jesus viu (acho que ele vai ser cantor igual a mamãe). Estamos felizes em saber que a nossa história com certeza servirá de força para muitas outras mamães que estão vivendo situações parecidas. Obrigada, Prematuridade.com por conectar mamães de todo o canto para compartilhar as suas histórias de superação, fé e milagres.Eu venci! Kevin, mamãe e papai te amam! ♥”

Carol, mãe do Kevin

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