25 de Abril de 2014

A história da fofa prematurinha Ágatha Vitória

“Oi, vou contar o que passei com a minha guerreirinha Ágatha Vitória.

Eu engravidei sabendo de todo o risco que eu tinha, pois eu tenho pressão alta e diabetes, mesmo assim, eu quis. Quando cheguei a 29 semanas, a minha pressão aumentou e foi para 22x10. A médica me falou que eu era uma bomba-relógio prestes a explodir. Então, ela fez uma cesárea, e, na hora que a minha princesinha nasceu eu não a vi, pois ela não chorou. Levaram-a e já intubaram. Ela nasceu com 1,345 kg e 39 cm.


Fui vê-ela três dias depois dela ter nascido, pois tive que me recuperar na UTI. Quando a vi, chorava muito. Fiquei dez dias internada, porque a minha pressão não abaixava, e também nem fazia questão de vir embora, sabia que ela ficaria. Mas chegou a hora de vir embora, e foi uma sensação horrível. Quando saí de casa, ela estava na minha barriga, e quando voltei ela não estava em meus braços. Chorava muito ao ver as roupinhas dela. Eu ia vê-la todos os dias, e cada dia era uma emoção diferente.


Ela não conseguia se livrar do tubo de oxigênio. Um dia cheguei para visitá-la e eles tinham acabado de tirar o tubo. Assim que entrei, vi que ela não estava bem. Fui lavar as mãos e, ao chegar perto da incubadora, os médicos também chegaram. A saturação dela caiu para 64. Pediram para que eu e os outros pais saíssem, e, ao voltar lá, ela estava intubada de novo. Ela ficou quase um mês intubada. Teve apneia do sono, e um sopro. Mas também quando desentubou foi tudo rápido, logo ela estava na semi-intensiva.


Quando ela foi para a semi, passei a ficar praticamente o dia todo no hospital, pois já estava amamentando. Saía da minha casa de manhã e só voltava de noite. Finalmente, chegou o dia dela ir para o quarto, e, então, eu não precisava mais ir embora. Ficamos mais 22 dias internadas para ela ganhar peso. Quando ela chegou a 1,695 kg, tivemos alta. Ao chegarmos em casa, tudo começou a se tranquilizar.


Hoje ela está com 6 meses e faz acompanhamento pelo fato de ser prematura. O nome dela era para ser Ágatha, mas, quando percebi que ela lutaria tanto pela vida, decidimos, o meu marido e eu, colocar seu nome de Ágatha Vitória. Aí está a minha guerreira hoje em dia.”


Veja o vídeo sobre a história da pequena:

Liandra, mãe da Ágatha Vitória

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

Compartilhe esta história

Tem uma história de prematuridade para compartilhar?

Envie seu relato para gente e faça a diferença para quem precisa de palavras de força e esperança nesse momento.

envie sua história

Conheça outras histórias

Veja histórias por:

    Últimas Notícias

    Receba as novidades

    Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que acontece no universo da prematuridade.