30 de Abril de 2013

A chegada da pequena Lea


"Durante os 26 dias que a Lea ficou na UTI Neo, li diversas histórias sobre bebês e mães que passaram pela mesma situação e me sentia cheia de esperança. Foi quando decidi que, assim minha pequena tivesse alta, contaria a minha história, a fim de ajudar outras mães nesse período tão cheio de altos e baixos que é a internação dos nossos filhos.

Quando estava de 33/34 semanas (minha gravidez foi muito tranquila), perdi um pouco de líquido e no ultrassom constataram que a quantidade estava um pouco abaixo do normal. Fui internada e passei dois dias recebendo soro e a injeção para amadurecer o pulmão da minha pequena. Não cheguei a fazer outra ultra para verificar o líquido novamente, já que no segundo dia de internação, verificaram (no cardiotoco) que os batimentos da Lea estavam oscilando e fui levada às pressas para o centro cirúrgico.

A minha pequena nasceu chorando, com Apgar 8 e 9, mas teve dificuldade para manter a respiração e foi entubada. Ela precisou de surfactante, trocou de antibiótico duas vezes, ficou na fototerapia e precisou de nutrição parenteral. Foram 15 dias no tubo, passando para o CPAP, depois oxigênio, até que foi melhorando.


Eu tirava leite materno e levava todos os dias para ela. O grande problema foi que, embora a equipe médica do hospital fosse muito boa na parte técnica, a parte humana foi péssima. Eu podia visitar minha filha apenas uma hora por dia, demorou muito para que eu pudesse começar a amamentá-la e, mesmo assim, só era permitido em um horário.

Eu não fiz canguru, não podia pegar minha filha no colo todos os dias e quando a visita atrasava por conta de algum procedimento, eles não deixavam ficar até completar uma hora. Isso significa que, em 26 dias, passei menos de 26 horas com a minha pequena. Era muito triste,era  como se ela não me conhecesse. Sofri muito!

Mas finalmente ela teve alta da UTI, ficou mais quatro dias no berçário e fomos para casa! Foi um dia tão feliz que eu nem acreditava!

Hoje ela está com dois meses (um mês em casa), pesando 2,700 kg (nasceu com 1,870 Kg), crescendo e mamando muito bem. É a alegria da casa.


Agradeço muito a Deus, aos nossos amigos e familiares que nos deram muita força e à Dra. Erika e ao Dr. Fábio (sem palavras!)."

Isabel, mãe da Lea.

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

Compartilhe esta história

Tem uma história de prematuridade para compartilhar?

Envie seu relato para gente e faça a diferença para quem precisa de palavras de força e esperança nesse momento.

envie sua história

Conheça outras histórias

Veja histórias por:

    Últimas Notícias

    Receba as novidades

    Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que acontece no universo da prematuridade.